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EVITAR O PLÁGIO: Boas práticas no uso da informação: Boas práticas

Sobre as boas práticas de uso da informação

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Fontes de informação

- A elaboração de um trabalho académico ou de investigação (relatório, dissertação, artigo, projeto, ensaio, etc.) pressupõe a consulta da literatura sobre o assunto - diferentes fontes que comunicam informação.

- O investigador/autor nunca parte do zero, mas de trabalhos escritos por outros para saber qual o estado do conhecimento sobre o tópico (revisão da literatura ou estado da arte). 

Para que um trabalho seja considerado rigoroso e credível é importante assegurar que: 

  • se baseia em informação publicada em diversos tipos de fontes (diversidade de fontes)
  • usa fontes credíveis e de qualidade, em que se destacam os artigos científicos que passam pelo processo de revisão por pares (peer-review)

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De acordo com o tipo de conteúdos produzidos e comunicados, as fontes de informação podem ser categorizadas em 3 tipos, independentemente do formato (texto, imagem, som) ou suporte (papel ou digital):

Fontes primárias: materiais originais; comunicam informação à medida que está a ser criada, sem interpretação ou comentários. Alguns exemplos:

  • discursos, correspondência, diários, entrevistas, notícias em primeira mão;
  • artigos científicos, teses, com resultados de investigação novos;
  • dados de investigação, etc..

Fontes secundárias: comunicam informação que implica interpretação, comentários ou análise de fontes primárias. Alguns exemplos:

  • manuais, livros, dissertações;
  • dicionários, enciclopédias (também considerados fontes terciárias)
  • artigos de revisão, etc..

Fontes terciárias: comunicam informação que é organizada para localizar as fontes primárias e secundárias. Alguns exemplos:

  • dicionários e enciclopédias (também considerados fontes secundárias)
  • bibliografias, anuários, guias, diretórios;
  • índices e resumos de bases de dados, etc..

 

LIS BD Network. 2016. "Types of Information Source". http://www.lisbdnet.com/types-information-sources/

Gerrison, M. 2016. "Primary vs Secundary Sources". Youtube, 5:05. https://www.youtube.com/watch?time_continue=3&v=SkSf-rZFZ_A&feature=emb_logo

O porquê de se usar fontes de informação?

As formas como se usam os diferentes tipos de fontes de informação servem diferentes propósitos, sendo úteis para:

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Purdue University. 2020. "Quoting, Paraphrasing, and Summarizing". https://owl.purdue.edu/owl/research_and_citation/using_research/quoting_paraphrasing_and_summarizing/index.html

Como usar as fontes?

Existem três formas principais de se usar ou incorporar o trabalho de outros autores no que se está a escrever e que diferem consoante a proximidade que se pretende fazer da própria escrita em relação à fonte ou forma de escrita original.

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Legenda: Distanciamento das fontes em relação às formas de uso

- ​Frequentemente os autores ao escreverem os seus textos (artigo, capítulo de livro) combinam estas três formas de usar as fontes. Assim podem incluir paráfrases de vários pontos de vista, combinadas com a transcrição de frases sugestivas de modo a suportarem e a enriquecerem a sua escrita.

- Contudo, há que fazê-lo corretamente e de forma responsável. A escrita científica requer prática e competências que devem ser desenvolvidas.

Formas de usar as fontes

O que é?

  • usar exatamente as mesmas palavras da fonte original, através da inserção de um excerto de texto. 
  • esta forma é utilizada quando se pretende uma grande proximidade com a fonte, considerando que o autor original expressa exatamente a ideia que se pretende realçar no trabalho, contribuindo para o reforço e valorização da nossa redação.

Como se indica

  • o excerto de texto original deve ser indicado entre aspas e no final citar (indicar) o autor da fonte (citação). 
  • de cordo com o estilo bibliográfico, a citação pode variar (autor-data ou numérico) podendo conter ou não indicação da página.

Exemplo

"Os alunos dos primeiros anos não usam a bibliografia disponível nas bibliotecas por dificuldades no uso dos catálogos" (Campos 2003, 26)

 

O que é?

  • usar palavras próprias para descrever detalhes da escrita de outros autores;
  • uma boa paráfrase permite que ideias de outras fontes sejam incorporadas no nosso texto realçando os pontos mais relevantes e deixando de fora informações não relacionadas;
  • parafrasear o trabalho de outras pessoas, exige uma interpretação pessoal, o que pressupõe o uso de palavras próprias e também uma construção sintática própria;
  • ainda assim deve ser garantida a reprodução do significado exato das ideias ou factos dos outros autores;
  • resulta geralmente em textos mais curtos do que o original, em que o conteúdo é condensado através de palavras e estrutura de frases diferentes;
  • dependendo da extensão das modificações no texto original, da quantidade de texto envolvida e da perspetiva ética do leitor, uma paráfrase feita de forma incorreta pode constituir plágio.

Como se indica

  • Os autores das fontes originais devem ser sempre indicados junto à ideia que se acabou de parafrasear (citação). 
  • de cordo com o estilo bibliográfico, a citação pode variar (autor-data ou numérico)

Exemplo

O uso de bibliotecas por alunos dos primeiros anos é dificultado pela falta de informação apropriada a este grupo específico de utilizadores (Rodrigues 1999)

O que é?

  • usar palavras próprias para condensar e transmitir as contribuições de outros autores;
  • implica retirar as ideias principais do texto original, escrevendo-as por palavras próprias, destacando apenas os pontos mais significativos;
  • o resumo é indicado para situações em que o nível de detalhe que o texto original fornece é dispensável;
  • tal como a paráfrase, exige uma interpretação pessoal, o que pressupõe o uso de palavras próprias e também uma construção sintática própria;
  • resulta numa versão substancialmente mais curta do que a original. 

Como se indica

  • os autores das fontes originais devem ser sempre indicados junto à ideia que se acabou de resumir (citação). 
  • de acordo com o estilo bibliográfico, a citação pode variar (autor-data ou numérico)

Boas práticas no uso da informação

- O trabalho de construção do conhecimento sobre o conhecimento de outros é exigente e requer competências técnicas.

- Quando estamos a redigir um texto, nem sempre é fácil distinguirmos claramente entre o que  escrevemos de nossa autoria, daquilo que escrevemos baseado em outros autores

- As boas práticas no uso responsável da informação, que contribuem para a qualidade da escrita académica e científica, manifestam-se em duas componentes: 

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