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REVISTAS PREDADORAS: Contexto

Guia destinado a identificar revistas predadoras, como as evitar e quais as ferramentas úteis para prevenir a publicação numa revista fraudulenta.

Contexto histórico

  • Em 2008 surge o primeiro alerta dado por Gunther Eysenbach para as "ovelhas negras entre editoras e revistas em acesso aberto", destacando o spam efetuado para atrair autores.
  • Mais tarde, surgiria a referência a publicações "predadoras", termo atribuído a Jeffrey Beall que criou uma lista (Beall's List) de editoras "enganadoras e fraudulentas" de acesso aberto.
  • Desde 2010, o número de revistas predadoras tem crescido exponencialmente.

Fonte:Predatory Reports. 2022. «History of Predatory Publishing». Predatory Reports. 28 de janeiro de 2022. Acedido a 15 de janeiro de 2024. https://predatoryreports.org/news/f/history-of-predatory-publishing.

Contexto atual

Tirando partido do modelo de publicação em acesso aberto, designado por Via Dourada (Gold Open Access), que implica o pagamento de taxas de publicação (APC's, Article Processing Charges), prometem a publicação de artigos em condições vantajosas para os autores, tais como:

  1. descontos ou isenção do pagamento de taxas de publicação (APC's);
  2. processo de publicação muito célere com prazos de publicação muito curtos;

No caso de jovens investigadores, aproveitam-se da sua falta de experiência, atraindo-os a publicar em revistas generalistas e pouco conceituadas.

Porém, também os autores mais experientes são aliciados/pressionados de diferentes formas:

  1. convites insistentes e persuasivos para publicar;
  2. oferta de prazos curtos para os tentar a publicar o quanto antes;
  3. apresentação de métricas de impacto de revistas (fator de impacto), embora sejam fictícias;
  4. restrições financeiras dos próprios autores

Fonte:Lopes, C. 2022. «Revistas e Editoras Predadoras». Universidade da Madeira, fevereiro 22. https://eventos.bad.pt/wp-content/uploads/2018/01/Revistas-predadoras.pdf.

Identificar revistas predadoras

University of Manitoba Libraries. 2019. "Identifying Predatory Publishers". Youtube, 2:14. www.youtube.com/watch?v=crDKooW_2kU

Revistas Clonadas

As revistas clonadas (cloned ou hijacked) constituem outro exemplo de revistas fraudulentas.

Distinguem-se das revistas predadoras por usarem outros métodos, ainda que tenham o mesmo objetivo: explorar a publicação em acesso aberto, enganando os autores para cobrar taxas de publicação, sem fornecer serviços editoriais de qualidade.

As suas formas de atuação são as seguintes:

  • apossam-se da identidade de revistas legítimas, usando os dados que as identificam (metadados), sem a sua autorização, como o título, ISSN e outros;
  • clonam ou criam sites indistinguíveis dos das revistas autênticas (brandjacking), o que dificulta a sua diferenciação;
  • não têm qualquer tipo de registo oficial, sendo que as revistas predadoras tipicamente apresentam títulos registados e ISSN;
  • manipulam os resultados de pesquisa para aparecerem nas listas de resultados acima das revistas legítimas.

Constituem uma ameaça perigosa, porque a citação de artigos de revistas clonadas pode "legitimar" revistas fraudulentas e contribuir para a divulgação de investigações potencialmente falsas, motivo pelo qual o Scholarlyoa criou uma lista na qual compara o nome utilizado pela revista clonada vs. o nome original da revista legítima. Consulte a lista aqui!

Fonte:Abalkina, A. 2023. «Predatory vs Hijacked Journals: A Commentary to “A ‘Trojan Horse’ in the Reference Lists: Citations to a Hijacked Journal in SSCI-Indexed Marketing Journals”». The Journal of Academic Librarianship 49 (6): 102798. https://doi.org/10.1016/j.acalib.2023.102798.

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